sábado, 24 de dezembro de 2011

2011

Chegamos ao fim do ano de 2011, época em que  olhamos para tudo que fizemos neste ano e refletimos nossas ações.
Fez muitas aulas? Aprendeu algo novo? Dançou? Participou de festivais? Prestou audições? Entrou em alguma Cia? Tornou-se realmente um artista?
ou ;
Preparou aula? Ministrou o conteúdo programado? Fez seu aluno refletir? Chegou no resultado?
ou ainda;
Concebeu uma idéia? Pesquisou? Coreografou? Dirigiu? Apresentou?
Não importa o que tenha feito, se seguiu uma ordem ou pulou alguma etapa, o que realmente importa é ter ficado em "estado de dança", e em algum momento realmente ter sentido ela pulsar.
O importante é o movimento, o percurso da coreografia, o passo de ligação, é viver intensamente o pequeno ou grande momento da Dança.
Sejam bem vindos os novos bailarinos, parabéns aos novos profissionais, e obrigado aos que ainda estão e aos que retornaram a esse desafiador oficio.
7e8 movimentamos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

American Idol contribuindo para as aulas de Jazz Dance

No dia 25 de maio terminou a décima edição do programa americano "American Idol", que é realizado uma vez por ano, a fim de buscar um novo astro da música. Este ano os jurados foram: o veterano Randy Jackson, a belíssima Jennifer Lopez e o excêntrico Steven Tyler. Com uma banca competente como esta, o programa não deixaria de ser o de maior audiência nos Estados Unidos.
Eu fã inconstitucional me surpreendi com a qualidade artística dos concorrentes e da produção deste programa. Músicos e novos intérpretes são revelados ao mundo dando novas roupagens com seus arranjos à músicas novas e muitas já esquecidas.
No show da grande final compareceram: U2, Lady Gaga, Gladys Knight, Steven Tyler e umas das melhores performances de Beyoncé, lançando seu novo single. Performances únicas que nos desperta para novas propostas e desafios.
Num dos textos deste blog "Onde está o Jazz Dance no Brasil?", fazemos uma conexão quando analisado com este assunto, pois temos que buscar o que acontece no "Top Five", e por meio deste programa descobrimos músicas de boa qualidade para utilizarmos nas aulas e até coreografias de Jazz, seja para o lyrical, jazz club, jazz musical ou modern jazz. O American Idol contribui para nos informar o que está sendo lançado no mercado da música que nos oferece entretenimento,  por isso a fusão deste tipo de música com o Jazz Dance, que também tem a função de entreter na maioria de seus trabalhos. Já utilizei belas canções interpretadas pelos novos ídolos e meus alunos aprovaram as escolhas musicais, e verifico que há uma dedicação maior por parte deles para com as aulas, pois estão motivados pelo som das mais novas e belas vozes.
Parabéns ao programa e esperamos para o próximo ano, artistas tão bons como este. Realmente o American Idol é o celeiro da boa música.
                                                  7e8 Movimente-se!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Revisitando o Jardim...

Dia 07 de abril tive a oportunidade de voltar aos palcos ao lado de Mauricio de Oliveira e Marina Salgado, interpretando a obra "Jardim Noturno". O espetaculo foi realizado no Sesc Bauru, onde nos surpreendemos com o público, que foi grande, comparado aos espetáculos que há nesta unidade do Sesc, segundo organizadores.
Já havia trabalhado com o Mauricio em 2005 e 2006 quando ele voltara da Europa. A primeira obra foi "Jardim Noturno", um trabalho intenso ao longo de sete meses, cinco dias da semana, com ensaios de 4 horas de duração. Eu me lembro como foi sofrido e duro de entender e colocar em meu sistema todo aquele trabalho, por muitas vezes pensei em desistir, mas estava envolvido demais para abandonar o projeto, e tão curioso para ver o que aconteceria em cena. Foi uma experiencia inovadora e gratificante, pois não era o que se fazia e sim COMO fazia, precisavamos nos doar mais para aquilo tudo, contribuir realmente para a dança, e então me senti pela primeira vez artista depois de 15 anos dançando.
Após Jardim Norturno, Mauricio criou "Olhar Obliquo" que também fiz parte. Em 2007 e 2008 residi no Japão, e em 2010 Mauricio remontou Jardim Noturno com apenas tres pessoas: Mauricio, Marina e Alessio. Tive o prazer de ve-los em São Paulo, e com a falta de Alessio, recebi o convite de substitui-lo. Confesso ter sentido muito medo, mesmo porque já faz cinco anos que não trabalho com eles. Mas como Mauricio mesmo diz: quem tem medo tem que ter coragem... Assumi o risco e a coragem, e foi uma  experiencia renovadora. Acionei as memórias corporais e vasculhei o "jardim", cada espaço dentro e fora do corpo, este trabalho fez com que eu resgatasse a minha autonomia de bailarino.
Este trabalho é realmente impressionante para quem o assiste e para quem o vive. Espero dar continuidade e levarmos este espetaculo para muitos lugares.
7e8 movimente-se.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Festivais de Dança Amador

Chega março e iniciam os festivais de Dança, são muitos, mas será que é necessário e importante participar?
Primeiramente vamos entender como funcionam: inscrevem-se escolas de dança ou grupos independentes, que expõem seus trabalhos a serem julgados por uma banca, na maioria das vezes competentes, mas não naquilo que estão julgando, pois foram bailarinos clássicos e julgam sapateado, hip hop, dança contemporânea, sem muitas vezes ter tido contado com a modalidade ao longo de sua formação. Mas isso também é relativo, pois temos festivais muito cuidadosos com a escolha da banca, onde são escolhidos profissionais que sabem "olhar" para as manifestações artistícas independentes do código de dança utilizado.
Esse olhar é pessoal? é coerente? é julgador?, questões essas que nos faz refletir sobre participar ou não desses festivais, como julgar arte?, dança não é esporte para quem chegar primeiro, dança é arte, e arte é transformadora para aqueles que a viram, saem do teatro diferentes do que chegaram...
[Image]Mas não estamos falando de festival amador?, sim estamos, mas como será este profissional de dança que estuda nas escolas que levam seus bailarinos a participar destes eventos?
No circuito amador de Dança consegue-se perceber quanta coisa precisa ser mudada ou não... mesmo porque existem boas escolas e festivais organizados. Levar os alunos em festivais de dança é importante para se ter experiência de palco, para trocar informações, para conhecer outros trabalhos,ou seja,  para aprender também. Mas isso realmente acontece? Fica então a critério da escola participar ou não, investir dinheiro nesses eventos, "promover sua escola", como saber???
Pesquise, participe e tire suas conclusões.
7e8 movimente-se

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pilates X Dança

Começo o ano de 2011 envolvido em mais um novo projeto, o PILATES.
Este método já  difundido no Brasil por profissionais da Educação Física, Fisioterapia e da Dança. Havia lido muito sobre o assunto, além de colegas de trabalho e alunos utilizarem do método como meio de trabalho e principalmente na preparação física, mas somente no fim de 2010 tive o meu primeiro contato com o método, e realmente é muito eficaz, seja como prática de atividade física, seja na reabilitação de pacientes e seja na preparação física de atletas e bailarinos.

Ministrando aulas de Dança Contemporânea, minha preocupação é fazer com que os alunos movimentem-se de forma orgânica (natural), mas para muitos deles o processo se torna penoso, pois estão acostumados e condicionados a uma fórmula rígida de dança,  estudando e pesquisando sobre o método de Joseph Pilates, percebe-se que realmente dentro da "Contrologia" (arte do controle) e seus princípios, está o neutro, o natural, o orgânico, o respeito ao movimento puro e a força necessária para dançar não só o contemporâneo, mas o jazz dance, o balé clássico, e qualquer que seja a forma de expressão, pois acredito no artista e não naquele que somente reproduz passos de dança.
Vamos conhecer e praticar o PILATES.
Feliz 2011 !
7e8 movimente-se.

domingo, 21 de novembro de 2010

Onde está o Jazz Dance no Brasil?

De volta ao Brasil há dois anos observo que o jazz é uma modalidade que não evolui...
Residi no Japão durante um ano e quatro meses, e tive a oportunidade de fazer aulas na Broadway Dance Center (Tóquio) com profissionais do EUA, e constatei que o Jazz se mantém vivo na América e consequentemente também no Japão, já que a cultura deste país apesar de suas peculiaridades e diria até raridades, mantém forte influencia dos Estados Unidos, além de Tóquio ser a metrópole mais semelhante à Nova York. A música americana é o sinalizador de mercado, consagrada pelos seus artistas (Beyoncé, Janet Jackson, Britney Spears, Madonna, entre outros tantos) e cito estes, pois a Dança se faz presente em suas produções nos shows e vídeo clipes.
Atribuo então a evolução do Jazz Dance a tendência musical, já que esta modalidade de dança utiliza-se  da trilha sonora do que está no "top five" da música americana.
Mas questiono, onde está o nosso jazz dance no Brasil?
Pois o que se observa em festivais é que não se segue o modelo americano, e quando o faz, não se tem o menor cuidado com a releitura e aplicação desta fórmula. Já outros coreógrafos alimentam-se da dança contemporânea, da dança moderna, da dança de rua, do hip hop, misturando, criando e recriando uma identidade para o jazz, vejo isto positivamente para uma busca, mas deve ter cuidado para não transformar em outra modalidade que não existe, pois já se tem um nome para a modalidade "JAZZ DANCE", e o que se aprende nesta aula?, o que se ensina nesta aula?
O mercado dos musicais está cada vez maior no Brasil e utilizam de uma linguagem "jazzística" para suas peças, então precisamos rever nossas propostas e objetivos de aula. Ministro aulas de jazz dance há 14 anos, e hoje as pessoas não sabem o que é jazz, até se interessam, mas se deparam com algo que não imaginavam, ao contrário dos anos 80, onde as escolas eram abarrotadas em busca desta modalidade. Será que foi por tendência musical, E se realmente foi, o que a música brasileira nos oferece para dançarmos Jazz hoje?

sábado, 16 de outubro de 2010

Segmentos da Dança

Neste primeiro momento vamos tentar entender quais são os segmentos que há na Dança hoje, e assim, observarmos o mercado e possivelmente explorar os nichos deste mercado.
Escolas de Dança = escolas especializadas no ensino de várias modalidades (ballet clássico, dança contemporanea, jazz, dança de salão, dança do ventre, flamenco, sapateado,dentre outras), responsável pela formação de bailarinos que atuam nas produções e cias profissionais.
Cias oficiais = são cias que possuem patrocínio privado ou é subsidiado por algum órgão público, e que emprega grandes números de artistas/bailarinos.
Grupos independentes = são profissionais que atuam em sua maioria, no mercado "alternativo", e que são sustentados por leis de incentivo a cultura, no caso da cidade de São Paulo as produções de dança é pautada pela lei de Fomento à cultura.
Musicais = são peças teatrais que buscam profissionais da dança, porém estes profissionais necessitam de uma formação mais ampla, não basta somente dançar, mas também atuar,cantar, em algumas produções sapatear
A dança ainda pode estar inserida em outros contextos, sendo utilizada nas academias como meio de atividade física, outros profissionais da Educação Fisica desenvolvem projetos escolares, e ainda, como uma das disciplinas nas grades curriculares em cursos oferecidos pelas Universidades. 
A dança está aí, firme e forte.
7 e 8 movimente-se !